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Os combustíveis de aviação sustentáveis abrem caminho para a descarbonização do transporte aéreo

El especialista internacional en Biocombustibles del IICA, Agustín Torroba, mencionó en su presentación que la agricultura podría cumplir un rol fundamental en la provisión de las materias primas necesarias para producir biojet.
O especialista internacional em Biocombustíveis do IICA, Agustín Torroba, mencionou em sua apresentação que a agricultura poderia cumprir um papel fundamental na provisão das matérias-primas necessárias para produzir biojet.

São José, 31 de março de 2023 (IICA). Os combustíveis de aviação sustentáveis constituem a principal aposta nas metas de descarbonização do transporte aéreo internacional, pois representam 65% da economia de emissões de gases de efeito estufa (GEE) até 2050.
 
Assim é indicado no documento intitulado Descarbonizando os céus: biocombustíveis sustentáveis de aviação, apresentando pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) na Conferência sobre Combustíveis e Meio ambiente do Comitê da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA), um dos principais eventos da Cúpula Pan-Americana de Biocombustíveis Líquidos, realizada na sede central do IICA, em São José, Costa Rica.
 
A publicação de 115 páginas, cujo autor é um especialista internacional em Biocombustíveis do IICA, Agustín Torroba, está composta por quatro grandes capítulos: Introdução aos combustíveis de aviação sustentáveis: aspectos técnicos; O papel dos biocombustíveis sustentáveis de aviação na descarbonização do setor; Aspectos econômicos dos biocombustíveis de aviação; e Aspectos institucionais e políticas públicas.
 
De acordo com o documento, desde 2020 o setor da aviação estabeleceu medidas para reduzir as emissões, tentando alcançar a neutralidade em carbono e visando alcançar emissões líquidas de CO2 equivalentes a zero em 2050, viável se a produção e o consumo de combustíveis de aviação sustentáveis forem desenvolvidos.
 
“Os combustíveis de aviação sustentáveis derivados de matérias-primas biológicas ou não fósseis, conhecidos como biojet, podem substituir ou complementar os combustíveis para aviação convencionais, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa ao longo do ciclo de vida do produto”, explicou Torroba.
 
O documento também ressalta que a agricultura poderia cumprir um papel fundamental na provisão das matérias-primas necessárias para produzir o biojet.
 
“O setor agropecuário das Américas conta atualmente com bastante óleos vegetais, gorduras animais, açúcares e amidos, álcoois e matérias-primas lignocelulósicas que constituem as grandes famílias de matérias-primas utilizáveis na produção de biojet, de modo que o continente está muito bem posicionado para ser um fornecedor de diversificação energética, produzindo combustíveis de aviação sustentáveis e, assim, para abastecer esse novo mercado”, observou Torroba.
 
O desenvolvimento dos combustíveis de aviação sustentáveis também poderia evitar a obsolescência antecipada das aeronaves mais antigas, uma vez que permite que todos os aviões reduzam a sua pegada de carbono líquida sem a necessidade de mudanças técnicas, explica a publicação.
 
Além disso, conforme a região, a tecnologia e o tipo de matéria-prima, os combustíveis de aviação sustentáveis poderiam oferecer outros benefícios, além de reduzir as emissões, inclusive a geração de milhares de postos de trabalho, vínculos positivos com o setor agrícola e a utilização de resíduos como insumos no processo produtivo, entre outros.
 
Claro que, tanto para o ótimo desenvolvimento produtivo, a utilização e a ampliação de novos mercados, o trabalho destaca que será essencial a articulação de políticas públicas nos âmbitos regional e global.
 
“O estabelecimento de instituições e a formulação de políticas públicas são condições necessárias para desenvolver a produção e o consumo de combustíveis de aviação sustentáveis”, cita o livro.
 
Diversos países já começaram a desenvolver políticas para fomentar o uso dos combustíveis de aviação sustentáveis e combustíveis de aviação com baixas emissões de carbono. Destacam-se os casos de legislações já aprovadas na Noruega, Reino Unido e Indonésia, bem como os estados da California e Oregon, nos Estados Unidos; enquanto na Alemanha, França, Espanha, Portugal, Finlândia, no restante dos EUA, Brasil e Bélgica elas estão em desenvolvimento.
 
O documento indica que, por exemplo, estima-se que até 2050 os combustíveis de aviação sustentáveis representarão 63% do total dos combustíveis para a aviação da União Europeia.
 
A publicação está disponível para download gratuito (em espanhol) no repositório institucional do IICA pelo seguinte link: https://repositorio.iica.int/handle/11324/21441.

 

Mais informação:
Agustín Torroba, especialista internacional em biocombustíveis do IICA.
agustin.torroba@iica.int