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Ministro da Agricultura de São Vicente e Granadinas emite alerta pela segurança alimentar no país caribenho

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Da revisão do impacto no setor agrícola, Saboto enumerou danos e prejuízos “de mais de 150 milhões de dólares, com fortes impactos negativos na agricultura familiar e nos microprodutores do país”, bem como na contribuição da agricultura para o PIB.

São José, 23 de abril de 2021 (IICA) — A situação catastrófica de São Vicente e Granadinas, que neste mês sofreu um conjunto de erupções vulcânicas que o deixaram em estado de emergência, afeta o acesso, a disponibilidade e a acessibilidade à comida, afirmou quinta-feira o Ministro da Agricultura do país do Caribe Oriental, Saboto Caesar, que avaliou em mais de 150 milhões de dólares as perdas no setor agropecuário local.

Uma chuva de cinzas caiu em São Vicente e Granadinas após a erupção do vulcão La Soufrière, a primeira desde abril de 1979, que provocou tremores e obrigou ao deslocamento de cerca de 20.000 pessoas, arrastrando o país para uma crise humanitária, de acordo com relatórios do pessoal do IICA na nação caribenha, da ONU e das autoridades locais.

“Estamos diante uma catástrofe em termos de agricultura, pesca e infraestrutura viária, dentre outras. Temos problemas que afetam a segurança e a soberania alimentar; a acessibilidade e a disponibilidade de alimentos estão em questão”, disse Saboto Caesar ao falar na sessão da Comissão Consultiva Especial de Assuntos Gerenciais (CCEAG) do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

“Em nome do governo de São Vicente e Granadinas, agradeço aos parceiros e aos países que expressaram a sua solidariedade, bem como ao Diretor Geral do IICA, Manuel Otero, pela solidariedade expressada e pela assistência que já recebemos do IICA. Muito obrigado pelo trabalho realizado até agora. Precisamos de assistência para poder enfrentar o problema humanitário que enfrentamos nesse momento”, acrescentou Saboto, que antecipou que o Governo do país caribenho lançará, em breve, “uma plataforma para a reconstrução do setor agropecuário”, iniciativa para a qual solicitou assistência e apoio.

Da revisão do impacto no setor agrícola, Saboto enumerou danos e prejuízos “de mais de 150 milhões de dólares, com fortes impactos negativos na agricultura familiar e nos microprodutores do país”, bem como na contribuição da agricultura para o PIB.

“Apesar disso, alegra-me saber que contamos com nossos parceiros do IICA e com o próprio IICA para reconstruir o setor agrícola de uma maneira melhor. Esses níveis de reciprocidade são os que gostaria de destacar, e estou certo de que voltaremos a receber esses apoios neste momento tão duro. Peço os seus esforços para mobilizar recursos da melhor forma possível e para assistir aos agricultores, pescadores e demais. Apresentaremos um documento ao IICA nos próximos dias para trabalhar a partir dele”, antecipou Saboto.

A CCEAG é uma instância de assessoramento do Diretor Geral do IICA para fortalecer a capacidade operacional do organismo especializado em desenvolvimento agrícola e rural composta por nove Estados membros, dos quais seis têm caráter permanente (Argentina, Brasil, Canadá, Estados Unidos, México e Venezuela) e os outros três são nomeados anualmente por rodízio geográfico e alfabeticamente, correspondendo, este ano, à participação da Colômbia, da Costa Rica e de Saint Kitts e Nevis.

O Ministro Saboto participou como convidado especial do Diretor Geral do IICA, Manuel Otero.

O IICA, juntamente com a mobilização de seus recursos humanos e financeiros, participou da distribuição de 1.200 sacos de alimentos para produtores agropecuários, tarefa supervisionada pelo Ministro Saboto.

Os produtores agropecuários localizados nas comunidades da "zona vermelha" do país — a mais afetada pelas erupções — tiveram que realocar os animais para assegurar a sua sobrevivência.

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