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Funcionários e grupos de produtores dos EUA e de países sul-americanos combatem a Peste Suína Africana por meio de capacitação técnica

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A peste suína africana é uma doença altamente infecciosa para os animais e inofensiva para as pessoas.

San José, 23 de julho, 2019 (IICA). A Secretaria Geral da Comunidade Andina (SGCAN) e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) capacitaram funcionários e representantes de grupos de produtores da Argentina, Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador e Peru na prevenção da Peste Suína Africana (PSA).

Na capacitação participaram também membros do Serviço de Inspeção de Sanidade Animal e Vegetal (APHIS, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.

A formação foi realizada por meio de uma videoconferência e foi ministrada por especialistas da União Europeia (UE), da SGCAN e do IICA.

Controles reforçados em fronteiras, manejo de restos de alimentos de aviões e barcos, atenção redobrada aos sinais clínicos de suínos nas granjas para eventuais informes aos serviços oficiais de sanidade e incremento das medidas de biossegurança constituem fatores fundamentais para evitar uma potencial disseminação.

O assessor da Direção de Inocuidade dos Alimentos e Saúde da UE, Francisco Reviriego, compartilhou a experiência europeia no manejo da PSA, com ênfase na estratégia de zoneamento.

“Esta estratégia permite com toda segurança a circulação de animais e produtos desde zonas livres ao interior da UE. Desde que reapareceu a doença em 2007 é necessário fortalecer a biossegurança, o entendimento da situação em animais silvestres, a identificação animal e a rastreabilidade, diagnóstico, regulamentação e trabalho colaborativo ", disse ele.

O especialista da SGCAN, McAllister Tafur, destacou que é fundamental atualizar a normativa vigente no manejo da PSA e a análise de risco, assim como ter ações regionais conjuntas, para o que a cooperação técnica do IICA é fundamental.

A peste suína africana é uma doença altamente infecciosa para os animais e inofensiva para as pessoas. Não existe uma vacina efetiva, e nas Américas, não está presente há quase 40 anos.

Foi detectada em Cuba em 1971, em1980, no Brasil, e na República Dominicana em 1978, no Haiti, em 1979. Seus efeitos foram devastadores e geraram grandes perdas. O IICA teve um papel protagonista na erradicação desta doença nesse período.

“A situação de risco atual é diferente da dos últimos 40 anos. A colaboração público-privada, o controle em fronteiras, o fortalecimento do diagnóstico, a biossegurança, a comunicação e o trabalho coordenado dos organismos internacionais são vitais para poder avançar em sua prevenção”, destacou o especialista Internacional em Sanidade Agropecuária e Inocuidade dos Alimentos do IICA, Jaime Romero.

Em junho do 2019 o organismo hemisférico especializado em desenvolvimento agropecuário e rural fez um chamado a seus países membros para reforçar os controles sanitários ante a expansão da PSA, daí a realização de eventos de treinamento como essa videoconferência, que ocorreram no âmbito do acordo SGCAN-IICA.

Mais informações:

Jaime Romero, especialista Internacional em Sanidade Agropecuária e Inocuidade dos Alimentos do IICA.

jaime.romero@iica.int