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“Xícara de Excelência 2021”, o produtor de café salvadorenho Ever Díaz receberá prêmio do IICA para “Líderes da Ruralidade”

Ever Díaz, a los 38 años, es un exitoso caficultor salvadoreño cuyo producto cultivado en la finca Mileydi, de Chalatenango, es saboreado en países tan distantes y distintos como Estados Unidos, Rusia, Australia, Japón o Singapur, donde los consumidores valoran su calidad.
Ever Díaz, aos 38 anos, é um bem-sucedido cafeicultor cujo produto cultivado na propriedade rural Mileydi, de Chalatenango, é saboreado em países tão distantes e diversos como Estados Unidos, Rússia, Austrália, Japão e Cingapura, onde os consumidores valorizam a sua qualidade.

São José, 20 de agosto de 2021 (IICA). O produtor de café Ever Díaz, de El Salvador, receberá o prêmio “A Alma da Ruralidade”, que o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) outorga a Líderes da Ruralidade das Américas.
 
O prêmio é parte de uma iniciativa do organismo especializado em desenvolvimento agropecuário e rural para reconhecer homens e mulheres que deixam sua marca e fazem a diferença nos campos da América Latina e do Caribe.
 
Ever Díaz, nascido em uma família de agricultores no oeste de El Salvador, interessou-se pelo cultivo de café em sua adolescência. Sua propriedade de 10 hectares assegura o sustento de outras cinco famílias rurais e constituiu uma referência para a meta de seu país de recuperar a liderança regional como produtor de café.
 
Além de receber o prêmio “A Alma da Ruralidade” como reconhecimento, os Líderes da Ruralidade destacados pelo IICA serão convidados a participar de diversas instâncias consultivas do organismo especializado em desenvolvimento agropecuário e rural.
 
“Trata-se de um reconhecimento aos que cumprem um duplo papel insubstituível: ser avalistas da segurança alimentar e nutricional e, ao mesmo tempo, guardiões da biodiversidade do planeta através da produção em qualquer circunstância. O reconhecimento, além disso, tem a função de destacar a capacidade de impulsionar exemplos positivos para as zonas rurais da região”, disse o Diretor Geral do IICA, Manuel Otero, ao apresentar a iniciativa.
 
No âmbito do programa, o IICA trabalha para que o reconhecimento facilite a criação de vínculos com organismos oficiais, da sociedade civil e do setor privado para obter apoio para suas causas.
 
“Falamos de pessoas cuja marca está presente em cada alimento que consumimos — aonde quer que cheguem —, em cada lote de terra produtiva e nas comunidades que os agricultores e suas famílias habitam. São homens e mulheres que deixam um rastro e que são a alma da ruralidade, pois produzem, plantam, colhem, criam, inovam, ensinam e unem”, considerou o Diretor Geral do IICA.
 
“São pessoas que encarnam lideranças silenciosas, as quais é preciso dar visibilidade e reconhecimento. São, sobretudo, exemplos de vida. Pois transformam, superam adversidades e inspiram”, acrescentou Otero.
 
Para a escolha dos #Líderesdelaruralidade, o IICA trabalha com suas 34 representações.
 
Ever Díaz: Uma história de esforço e superação para produzir um dos melhores cafés do mundo em El Salvador
 
Ever Díaz nasceu em uma família de agricultores no departamento de Chalatenango, zona central de El Salvador, fronteira com Honduras. Ele tinha 16 anos quando se interessou pelo cultivo do café e pediu a seu pai que reservasse um pequeno espaço em sua propriedade para plantar a exótica variedade pacamara, criada em El Salvador na década de 1950 e que estava se perdendo com o passar dos anos.
“Recentemente a pacamara estava começando a ser plantada de novo, quando eu a escolhi, pois me chamou a atenção e eu gostei do tamanho muito grande de seus grãos. Meu pai me dizia que não valia a pena semeá-la, mas não lhe dei ouvidos e segui adiante, e a pacamara conseguiu se aclimatar à propriedade”, conta Díaz.
 
A pacamara se aclimatou tão bem que, hoje, Ever Díaz, aos 38 anos, é um bem-sucedido cafeicultor cujo produto cultivado na propriedade rural Mileydi, de Chalatenango, é saboreado em países tão distantes e diversos como Estados Unidos, Rússia, Austrália, Japão e Cingapura, onde os consumidores valorizam a sua qualidade.
 
Díaz recebeu o maior reconhecimento em junho, quando foi premiado com a Xícara de Excelência El Salvador 2021, pela qual o Ministério da Agricultura e Pecuária distingue os cafés da mais alta qualidade do país. O concurso tem um exigente processo de seleção no qual o café é degustado por júris nacionais e internacionais.
 
A propriedade Mileydi, com uma área de aproximadamente 10 hectares, está no município de La Palma, e nela Ever, sua esposa Norelvia Elías e seus três filhos de 11, 9 e 2 anos têm vacas e algumas variedades panamenhas e colombianas de café, além da apreciada pacamara.
 
A propriedade dispõe de condições ideais para o cultivo do café, pois está a 1.350 metros de altitude e possui um clima mais frio e úmido do que em boa parte do resto de El Salvador.
 
Ultimamente a família comprou uma segunda propriedade de cerca de 6 hectares, La Bonita, que está a 1.800 metros de altitude. É dela que vem o café que Norelvia apresentou este ano à Xícara de Excelência e conseguiu ocupar o 11º lugar.
 
Com pequenos produtores como Ever e Norelvia, El Salvador busca recuperar sua produção de café, que há cerca de 50 anos foi uma das mais importantes e de melhor qualidade na América Latina.
 
Segundo o relato de Ever, devido a uma baixa dos preços, “certa vez os grandes cafeicultores abandonaram a produção das principais propriedades. Hoje não há problemas com os preços, e estou bem. No último leilão internacional de café, em agosto, consegui vender para os Estados Unidos e o Japão. Já antes havia mandado um lote pequeno para a Austrália e outro para a Rússia. Graças a Deus todo o meu café é muito exportável, embora eu seja um pequeno cafeicultor”.
 
O leilão internacional foi um evento virtual organizado pelo Conselho Salvadorenho do Café (CSC) e a Parceria pela Excelência do Café (ACE, sigla em inglês), no qual os 24 melhores cafés do país, premiados em julho com a Xícara de Excelência, são vendidos para todo o mundo.

El cuidado permanente y personal es tal vez el gran secreto del éxito en la finca Mileydi. “Lo más peligroso para el café es la roya. Usted puede tener una muy buena plantación, pero si deja que la roya se apodere de ella la va a tener que botar”, detalla Ever.
O cuidado permanente e pessoal é talvez o grande segredo do êxito na propriedade rural Mileydi. “O mais perigoso para o café é a ferrugem. Você pode ter uma plantação muito boa, mas se deixar que a ferrugem se apodere dela, terá que descartá-la”, explica Ever.

O dia de trabalho de Ever começa cedo. Às 6 da manhã, quando suas tarefas são realizadas na propriedade Mileydi, e às 4 da manhã, nos dias que vai para La Bonita. Até o ano passado, ele fazia todas as viagens e o trabalho a cavalo, mas, graças a seu esforço, no ano passado conseguiu comprar um veículo de tração dupla que facilita as coisas. Seu crescimento permitiu que, hoje, outras cinco famílias, segundo conta, vivam de seu cultivo de café.

O cuidado permanente e pessoal é talvez o grande segredo do êxito na propriedade rural Mileydi. “O mais perigoso para o café é a ferrugem. Você pode ter uma plantação muito boa, mas se deixar que a ferrugem se apodere dela, terá que descartá-la”, explica Ever.
 
No departamento de Chalatenango se produz 10% do total do café de El Salvador, graças às vantagens de seu microclima. “É uma temperatura relativamente fria e o solo se mantém sempre úmido. O café gosta dessas condições. Em outras partes do país, faz muito calor”, informa o agricultor.
 
Díaz se define como um apaixonado pelo café. “Para mim — diz —, o café é vida há mais de 20 anos. A minha plantação de hoje é o resultado de muito esforço e de muita paciência, porque o trabalho do cafeicultor não se mostra de um dia para o outro. É um processo. Tenho um grande amor pelo café, e estou constantemente percorrendo a plantação. Nem sequer no pior momento da pandemia, apesar do isolamento, deixei de trabalhar. Agora o que desejo é continuar inovando”.
 
Ever Díaz tem vivido toda a sua vida no campo e não deixaria a vida rural, a qual valoriza especialmente por sua tranquilidade e segurança.
 
“Aqui — disse — depois das 8 da noite não se ouve um ruído sequer.  E sempre há recursos, então sabemos que ninguém ficará sem comida. Estou convencido de que, com a agricultura, recuperaremos El Salvador”.

Mais informação:
Gerência de Comunicação Institucional do IICA.
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