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Mais comércio e infraestrutura, fundamentais para avançar na inovação do agro na América Latina e no Caribe

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Otero destacou a necessidade de facilitar o comércio, aprimorar a infraestrutura, enfrentar a degradação dos solos e mitigar a vulnerabilidade dos recursos naturais como parte dos desafios para melhorar a produtividade.

Cidade do México, 5 de setembro, 2019 (IICA). A região da América Latina e do Caribe (ALC) deve enfrentar desafios no sentido de avançar para a agricultura 4.0 e, ao mesmo tempo, fomentar a inovação no setor para melhorar a produtividade, apontou o Diretor Geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Manuel Otero.

O titular do organismo hemisférico participou do evento “Desafios e oportunidades para a inovação agrícola na ALC: Um olhar para o campo mexicano - México e América Latina”, no âmbito da apresentação de Corteva Agriscience, empresa de produtos químicos e sementes.

Otero destacou a necessidade de facilitar o comércio, aprimorar a infraestrutura, enfrentar a degradação dos solos e mitigar a vulnerabilidade dos recursos naturais como parte dos desafios para melhorar a produtividade.

Também apontou a necessidade de melhorar o baixo aproveitamento dos recursos e resíduos e contar com políticas que desestimulem a migração e o envelhecimento da população, além de apoiar a mulher rural.

“América Latina tem um papel protagonista no mercado mundial agroalimentar ao produzir 13,7% das exportações de produtos agroalimentares no mundo, aportar 4,6% em média do setor agrícola no PIB regional de 2018 e liderar mercados internacionais em produtos como oleaginosas, frango, café e frutas”, assinalou Otero.

Otero adicionou que a ALC deve fomentar a inovação e criar políticas públicas de acesso aos dados e à informação como ingredientes-chave para esse estímulo, assim como políticas de apoio ao empreendedorismo, incluindo a necessária adaptação de seus sistemas de propriedade intelectual, pesquisa, educação e capacitação, de modo a desenvolver ecossistemas competitivos, colaborativos e inclusivos.

“Para avançar para uma agricultura 4.0 é importante incorporar os setores público, privado e acadêmico, desenhar sistemas de informação que levem em conta a heterogeneidade dos produtores, facilitar o acesso e o uso dos produtores a canais de extensão e pesquisa e uma base sólida de dados e informação para a produção agroalimentar”, declarou o titular do IICA.

Ana Claudia Cerasoli, presidente para a região MesoAndina de Corteva, assinalou que a empresa enfatiza seu crescimento no mercado latino-americano. Com presença em 140 países, Corteva conta com vendas líquidas de USD 14.000 milhões, dos quais cerca de 20 % provém da América Latina.

O IICA, dentro de sua política ativa de articular esforços com o setor privado, estabeleceu uma sólida aliança com Corteva, cujos eixos e ações se sustentam nos temas de gênero, juventude, pastagens e produtos de exportação.

Na mesma ocasião, o subsecretário de Agricultura do México, Miguel García Winder, disse no evento que a estratégia do governo mexicano é a de incrementar a produtividade anual no campo em 2.1% e nos próximos cinco anos.

Além disso, mencionou que, dos 26 milhões de hectares agrícolas, entre quatro e oito milhões estão constituídos por solos deteriorados e que recuperar um centímetro de solo pode levar 100 anos.

“O objetivo é melhorar a produtividade de toda a agricultura.  O México tem um gravíssimo problema de solos e de água. Se não reconhecermos este problema, a agricultura estará comprometida para o futuro”, finalizou García Winder.

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